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Nota:

1 e 1a. As relações harmoniosas e pacíficas entre o Brasil e os Estados Unidos englobam um conjunto de relações diplomáticas, econômicas, históricas e culturais, estabelecidas há séculos entre os dois países amigos. Estão entre as mais antigas do continente americano. Atualmente, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China. Além disso, os dois países compartilham a adesão de várias organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio, a Organização dos Estados Americanos, o G8+5 e o G20. O Brasil é um dos países mais pró-Estados Unidos do mundo. De acordo com uma pesquisa de opinião global, 62% dos brasileiros viam os Estados Unidos de maneira favorável, em 2010, índice que aumentou para 73%, em 2013. Em outra pesquisa, realizada no final de 2013, 61% dos estadunidenses viam favoravelmente o Brasil. Com a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil e a posterior abertura dos portos a navios estrangeiros, os Estados Unidos foram, em 1815, o primeiro país a estabelecer um consulado no Brasil, mais precisamente no Recife, em Pernambuco, primeira Cidade do Hemisfério Sul a abrigar uma representação diplomática norte-americana. Os Estados Unidos reconheceram a independência do Brasil de Portugal, em 26 de maio de 1824, menos de dois anos após sua proclamação. No início do século XX, a relação cordial estabelecida é referida como a Aliança Não Escrita ou Entente Cordiale (Entendimento Cordial) um cognome consagrado. Ela fora descrita também como um acordo tácito entre as duas nações. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi considerado um fiel aliado dos Estados Unidos, e enviou seus militares para lutar contra a assassina Alemanha Nazista, mesmo quando os u-boats alemães afundaram barcos brasileiros. Os EUA forneceram 100 milhões de dólares em dinheiro do programa Lend-Lease (programa através do qual os Estados Unidos forneceram, por empréstimo, às nações aliadas, armas e outros suprimentos, entre 1941 e 1945) em troca do uso de campos de pouso para transportar tropas e suprimentos através do Atlântico, e bases navais para lutar contra os submarinos das Potências do Eixo. As três principais potências do Eixo foram: Alemanha, Itália e Japão. Durante o primeiro mandato presidencial de Getúlio Vargas (1930 a 1945), o Brasil fez contribuições para os Aliados contra as Potências do Eixo. Isto levou à criação do Comissão Mista de Defesa Brasil-Estados Unidos, que trabalhou para fortalecer os laços militares entre os dois países, reduzindo a probabilidade de ataques do Eixo sobre o transporte (principalmente marítimo) dos Estados Unidos e minimizando a influência da Eixo na América do Sul. Logo após os criminosos ataques de 11 de setembro de 2001 – – o Brasil foi o primeiro a propor a invocação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, também conhecido como o Tratado do Rio, que estipula que um ataque armado contra um membro deve ser considerado um ataque contra todos. As relações bilaterais sempre foram consideradas bastante próximas, e em 20 de junho de 2003, o Presidente Lula fez uma visita oficial aos Estados Unidos e o Presidente George Walker Bush decidiu criar uma relação [bilateral] qualitativamente mais forte e próxima. Em 6 de novembro de 2005, o Presidente George Walker Bush visitou Brasília, e os dois líderes reafirmaram as boas relações entre os seus países e se comprometeram a trabalhar juntos para promover a paz, a Democracia e uma conclusão bem-sucedida da Rodada de Doha de negociações comerciais globais. O Presidente George Walker Bush agradeceu ao Brasil por seu exercício de liderança no mundo e no hemisfério, incluindo o papel do Brasil na força de paz no Haiti (MINUSTAH) e os esforços para controlar o HIV/AIDS no mundo.

 

Presidentes Bush e Lula na PETROBRAS, Brasil, março de 2007

 

Durante sua primeira reunião em Washington, D.C. em 14 de março de 2009, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e o então Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva discutiram aspectos sobre Economia, energia, meio ambiente e sobre o caso da custódia de um menino levado dos Estados Unidos para o Brasil. Eu tenho sido um grande admirador do Brasil e um grande admirador da liderança progressista, voltada para o futuro que o Presidente Lula tem demonstrado em toda a América Latina e em todo o mundo, disse Obama após a reunião. Nós temos uma amizade muito forte entre os dois países, mas, sempre poderemos torná-la mais forte, acrescentou.

 

Os Presidentes Barack Obama e Lula, Washington D.C., 14 de março de 2009

 

Em 2012, o Brasil e os Estados Unidos anunciaram a criação de um grupo de trabalho para estudar possibilidade de dispensa de vistos entre os dois países. De acordo com o relatório especial do Financial Times, sobre as relações Brasil-Estados Unidos, as relações bilaterais têm sido caracterizadas como historicamente cordiais. O comércio continuou a crescer, aumentando de 28 bilhões de dólares em 2002 para quase 77 bilhões de dólares em 2012, com um excedente 11,6 bilhões de dólares em favor dos Estados Unidos. Apesar do superavit histórico, houve momentos em que o Brasil conseguiu um superavit comercial com os EUA, como em 2019, quando o Brasil exportou mais para os EUA do que importou. A cooperação de defesa também melhorou. Os Estados Unidos têm mantido seu pedido de aeronaves de ataque leve brasileiras, produzidas pela EMBRAER, que representa o primeiro contrato do Brasil com o exército dos Estados Unidos.

 

Presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama na Casa Branca, em 14 de abril de 2012

 

 

Presidentes Lula e Joe Biden, durante caminhada na Casa Branca, em 2023

 

Tudo isto resumidamente revisitado, pergunto ao ilustre Presidente Donald J. Trump: por quê? Em uma carta aberta ao Senhor Presidente Trump, que recentemente publiquei, perguntei: há dois séculos, o Brasil tem uma sólida e bem-arrumada relação de amizade com os Estados Unidos, com diversos benefícios para ambos os lados. Dois séculos, Senhor Presidente! Ora, isso não é pouca porcaria. A pergunta final que deixo para o Senhor refletir é: quando o seu mandato presidencial terminar e o Senhor passar à História, desejará ficar taxado como o Presidente que envenenou, implodiu e destruiu a relação diplomática harmoniosa e virtuosa entre o Brasil e os EUA? Ora, eu tenho certeza de que não. Senhor Presidente Trump: não é tarde para o Senhor compreender que somos TODOS UM, (e que o Brasil sempre foi, é e quer continuar sendo um país amigo dos EUA). Senhor Presidente Donald J. Trump: por favor, não destrua esta frutuosa amizade.

 

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Música de fundo:

Apesar de Você
Composição: Chico Buarque
Interpretação: Chico Buarque & Quarteto Em Cy

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=LZJ6QGSpVSk

 

Páginas da Internet consultadas:

https://www.transparentpng.com/details/skull-_21856.html

https://www.transparentpng.com/

https://www.kindpng.com/

https://stock.adobe.com/br/search?k=world+flags+circle

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%
C3%B5es_entre_Brasil_e_Estados_Unidos

https://depositphotos.com/

https://www.shutterstock.com/pt/

 

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