As Enéadas, por vezes abreviada para Enéadas (em grego clássico: ) é uma coleção de escritos do filósofo neoplatônico Plotino (nascido em Lycopolis, Egito, Império Romano, provavelmente, em 204/205, e falecido em Campânia, Império Romano, em 270), que foi editada e compilada por seu discípulo Porfírio (Tiro, na Fenícia, atual Líbano, cerca de 234 – Roma, cerca de 305), também um filósofo neoplatônico. A obra é formada por 54 tratados divididos em seis capítulos, compostos de nove partes cada um e, por isso, chamados Enéadas, pois, nove, em grego, é ennéa – cujas três hipóstases (realidade permanente, concreta e fundamental), baseadas em Platão, são: Uno-Bem, Inteligência e Alma Cósmica. Este estudo que estou divulgando se compõe de uma pequena coletânea de excertos (eventualmente comentados e, em alguns casos, didaticamente adaptados) da Enéada III, Livro III, (tradução de Juvino A. Maia).

 

Enéada III, Livro III

 

 

As marcas da Inteligência são deixadas no múltiplo, assinalando ao Uno, não tão puras quanto na fonte, mas, ainda assim, puras.

 

A Razão Superior alcança tudo, e a inferior as coliga, de modo que o homem está ligado à matéria pela Razão, mas, o que subjaz é que pode decair ou se elevar, segundo sua natureza. [Sem exceção, somos responsáveis por tudo. Os deuses não perdoam e premiam; os demônios não tentam e castigam. Essas invenções teológicas têm retardado o avanço da Humanidade.]

 

Cada um tem o seu SOM, segundo sua constituição e seu modo de vida.

 

O que subjaz da constituição do homem é a matéria.

 

Tudo neste cosmo é em proporção.

 

O Todo, como Razão, não gera as coisas más; mas, o Todo é com elas.

 

Todas as coisas, tendo sido impelidas, convergem ao Único.

 

O Todo – [desde sempre e para sempre] – é um só vivente-existente múltiplo, cada parte agindo no Uni[multi]verso segundo a sua própria natureza, sendo, contudo, no mesmo, inteira. Todas as coisas são uma só e uma só são todas as coisas.

 

Unimultiplicidade Cósmica – Entrelaçamento Quântico Unimultiversal
(Animação Simbólica)

 

 

Unimultiplicidade Cósmica – Entrelaçamento Quântico Unimultiversal
(Animação Simbólica)

 

Primeira desgraça da Humanidade: odiosidade/malevolência.
Segunda desgraça da Humanidade: despotismo/tirania.
Terceira desgraça da Humanidade: escravização/submissão.
Quarta desgraça da Humanidade: falsidade/hipocrisia.
Quinta desgraça da Humanidade: assassinato/suicídio.
Sexta desgraça da Humanidade: suicídio/assassinato.
Sétima desgraça da Humanidade: fideísmo irracional. 
A mãe de todas as desgraças: separatividade/desirmandade.

 

 

 

 

Primeiro fortúnio da Humanidade: Amorosidade/Serviço.
Segundo fortúnio da Humanidade: Misericórdia/Tolerância.
Terceiro fortúnio da Humanidade: Unimultiplicidade Consciente.
Quarto fortúnio da Humanidade: Verdade (Relativa).
Quinto fortúnio da Humanidade: /.
Sexto fortúnio da Humanidade: /.
Sétimo fortúnio da Humanidade: Illuminação/Transcompreensão (). 
A mãe de todos os fortúnios: Iniciação (G.'. L.'. B.'.).

 

O que haveria, se a Harmonia Unimultiversal [as Leis Cósmicas] não prevalecesse sempre?

 

É absurdo querer exigir mais do que nos foi dado. [Mais do que nos foi dado significa querer receber ou auferir mais do que merecemos, ou seja, mais do que, por , conquistamos pelo nosso esforço (Bom Combate) + nosso mérito (Transcompreensão Iniciática), tanto materialmente quanto espiritualmente. De fato, isto é impossível. No Unimultiverso, não há prêmio, não há castigo, não há conjecturalidade, não há foro privilegiado, não há jeitinhos, não há toma-lá-dá-cá, não há peixinhos do rei, não há atalhos, não há extemporaneidade, não há por acaso, não há...] Logo, não há a condição ilusória ou miraginal de um ser menos do que outro [ou de um ser mais do que outro], pois, tudo acontece de maneira justa e suficiente, uma vez que a igualdade [igualzinha] não existe. Todas as coisas são muitas [ilimitadas], e sendo muitas [ilimitadas], não são as mesmas as primeiras, as segundas e as que, em seguida, pelo valor [esforço + mérito], estão para ser [virão a ser].

 

                                  

(Animações Simbólicas)

 

 

As perversidades, as corrupções e as depravações
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As traições, as igrejinhas e os conventículos
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
As guerras e as revoluções
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As invasões e as anexações
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As milícias
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As máfias
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As escravizações
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As subjugações
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
Os genocídios
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
As apócopes
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As desarmonias
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As privações
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As doenças
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
O negacionismo e o antivacinismo
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
Os desastres naturais
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
Os desastres antropogênicos
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
As destruições
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As injustiças e as violações dos direitos
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
Os privilégios ignóbeis
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
Os imperativos hipotéticos
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
As imoralidades e as dissoluções
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As conivências, as complacências, as transigências e as cumplicidades
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As impossibilidades e as incapacidades
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
As ditaduras e as tiranias
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
Os ufanismos, os integralismos, os nazismos e os fascismos
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
A tortura, a censura, os suicídios fabricados e os sumiços
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
Os canhões e as baionetas cheias de sangue
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
As alabardas, alabardas, espingardas, espingardas
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
O antipatriotismo e os golpes de Estado
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
O bolsonarismo e braganettismo
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
A devoção e a imitação de costumes, de estilos e de pensamentos
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
Os vandalismos e as arruinações
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
O não-Eu e o não-Ser
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
Os fracassos da Natureza, os homens-sem-alma e as não-entidades absolutas
não são extemporâneos nem acontecem por acaso.
As dores, as aflições e as compensações
não são extemporâneas nem acontecem por acaso.
Enfim, nós somos os falazes arquitetos idealizadores e planejadores de tudo isto.
Nós sempre fomos e somos os responsáveis por tudo isto.
A pergunta intrigante é: até quando nós continuaremos a ser irresponsáveis?
Ora, os ETs, os ITs, os UDs, os deuses e os demônios não têm bulhufas com isso.
Por isto – como advertiu Plotino e retransmitiu Porfírio –
é [irracional e] absurdo querer exigir mais do que nos foi dado,
mais do que meritocrática e efetivamente merecemos,
isto é, mais do que cabe na nossa compreensão atual.
Simplesmente, enquanto permanecermos dormindo, peidando e roncando,
continuaremos sem eira nem beira, a ver navios,
totalmente atabalhoados, sem ordem, a trouxe-mouxe ou a mouxe-trouxe...
E daremos com a Caretta caretta na água ou em uma baita parede de concreto!

 

 

 

 

 

Dando com a Caretta caretta em uma baita parede de concreto!

 

As coisas superiores Illuminam as piores.

 

Nos seres-humanos-aí-no-mundo, estão presentes certos Princípios Cósmicos, que ainda não são ativos para eles, ainda que em nada sejam improdutivos, o que significa que esses Princípios ainda não são [não estão disponíveis] para o conhecimento todos. [Enquanto nossos Chakras estiverem desalinhados... Agora, imagine se o Terceiro Reich Hitleriano tivesse tido acesso ao Vril!]

 

Primeiro, a matéria domina; depois – [por Esforço + Mérito] – vem a Illuminação.

 

Gráfico Animado Simbólico

 

Mesmo a [personalidade-]alma que se tornou fraca, por último, um Dia, ainda resplenderá.

 

Por Justiça, há o pior. [Por Justiça, há o melhor. Uma pequena inclinação bastará para haver um desvio do correto. Sempre Justiça Cósmica.]

 

A Providência [a Lei] – do princípio ao fim – desce, do alto, não igual, como por número, mas, por proporção, tanto o pior para o pior, como o melhor para o melhor. [A cada um, sempre educativamente, o que cada um, pelo seu esforço, merece. Isto é: coisas não iguais. Portanto, a cada um cabem apenas: Paciência + Humildade. E, Paciência + Humildade = Serviço. Enfim, como cada um é [temporariamente] o que é por natureza, assim também cada um sofre [temporariamente] o que convém [educativamente] à sua natureza.]

 

 

O UNO é de todas as coisas, e há uma única Providência, estendida a todas as coisas. [Para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, para o bem ou para o mal, há uma e somente uma Lei. Ao aprendermos a Lei, o que fizermos com Ela será de nossa única responsabilidade.]

 

No Cosmo Inteligível tudo é Razão. [Por isto, não existem imprevisibilidades, casualidades ou eventualidades. Logo, não podem existir milagres.]

 

Em toda parte, a tendência é a virtude dominar, de tal sorte que, as coisas que estão em erro vão sendo mudadas e sofrendo correção, a Razão governando, moderando, curando e consertando o que atormenta.

 

Para a Unidade, tudo é inteiro e está unificado. [Todos nós, temos, ao nosso dispor, o Unimultiverso em nosso Coração. Precisamos conhecer e aprender a usar dignamente as Leis Unimultiversais.]