FRATELLI TUTTI
(Segunda Parte)

 

 

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

Introdução e Objetivo do Estudo

 

 

Este estudo tem por objetivo apresentar para reflexão a segunda parte de alguns fragmentos selecionados (algumas vezes, didaticamente, editados ou muito levemente modificados, sem, contudo, alterar a idéia papal norteadora) da Encíclica Fratelli Tutti (Todos Irmãos), de autoria do querido e saudoso Papa Francisco e publicada em 4 de outubro de 2.020, na qual o Pontífice indica o Caminho para a Paz: só a unimultifraternidade categórica e a unimultiamizade social (sem qualquer exceção) poderão edificar um mundo melhor, mais pacífico, mais justo e mais equânime. A Encíclica Fratelli Tutti é composta por 8 capítulos e 287 itens, e estabelece duas novas orações: a Oração ao Criador e a Oração Cristã Ecumênica. Nas palavras do próprio Papa Francisco, esta encíclica social é uma contribuição para a reflexão, a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou de ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e de amizade social, que não se limite apenas a palavras. Aqui, sem querer contrariar o Bom Papa, ouso dizer que nenhuma religião instituída e nenhuma simples convicção pessoal poderão tornar isto uma realidade; apenas pela Iniciação Esotérica Illuminadora, Compreensiva e Libertadora estas coisas serão e se tornarão possíveis e viáveis. Isto implica em para poder . Quanto a isto, não há alternativa. E ouso acrescentar: o Papa Francisco sabia disto muito direitinho, porque...

 

Oração ao Criador

Senhor e Pai da Humanidade,
que criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade,
infundi nos nossos corações um espírito fraterno.
Inspirai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz.
Estimulai-nos a criar sociedades mais sadias e um mundo mais digno,
sem fome, sem pobreza, sem violência, sem guerras.

Que o nosso Coração se abra
a todos os povos e a todas as nações da Terra,
para reconhecer o Bem e a Beleza
que semeastes em cada um deles,
para estabelecer laços de uni
[multiplici]dade, de projetos comuns,
de esperanças compartilhadas. Amen.

 

Oração Cristã Ecumênica

Deus nosso, Trindade de Amor,
a partir da poderosa comunhão da Vossa Intimidade Divina
infundi no meio de nós o Rio do Amor Fraterno.
Dai-nos o Amor que transparecia nos gestos de Jesus,
na Sua Família de Nazaré e na primeira comunidade cristã.

Concedei-nos, a nós cristãos
[e a todos os entes do Unimultiverso, sem exceção –
que vivamos o Evangelho
e reconheçamos Cristo em cada ser humano,
para O vermos crucificado nas angústias dos abandonados
e dos esquecidos deste mundo
e ressuscitado em cada irmão que se levanta.

Vinde, Espírito Santo! Mostrai-nos a Vossa Beleza
refletida em todos os povos da Terra,
para descobrirmos que todos são importantes,
que todos são necessários, que são rostos diferentes
da mesma Humanidade amada por Deus. Amen.

 

 


Entrelaçamento Quântico Cordial Unimultiversal Perpétuo e Indestrutível

 

 

Fragmentos Selecionados Encíclica Fratelli Tutti

 

 

Não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no Coração de Cristo, [que, com o nosso Coração, é . Em potência, cada um de nós e todos nós somos Cristos. Então, o que é preciso fazer? Iniciaticamente, precisamos Transmutar esta potência em Mas, isto só se efetivará, um Dia, se lutarmos o Bom Combate.]

Misericórdia! Sempre misericórdia! A Verdade é uma companheira inseparável da Justiça e da Misericórdia. A Justiça e a Misericórdia são os fundamentos da prosperidade e os pilares da fé. [Pilares da Fé Pilares da Confiança.]

 

Compaixão! Sempre compaixão!
Piedade! Sempre piedade!
Humildade! Sempre humildade!
Sobriedade Sempre sobriedade!
Temperança! Sempre temperança!
Prudência! Sempre prudência!
Caridade! Sempre caridade!
Indulgência! Sempre indulgência!
Beneficência! Sempre beneficência!
Benevolência! Sempre benevolência!
Condescendência! Sempre condescendência!
Tolerância! Sempre tolerância!
Despreconceito! Sempre despreconceito!
Justiça! Sempre Justiça!
Altruísmo! Sempre altruísmo!
Filantropia! Sempre filantropia!
Solidariedade! Sempre solidariedade!
Voluntariado! Sempre voluntariado!
Simpatia! Sempre simpatia!
Ternura! Sempre ternura!
Amizade! Sempre amizade!
Beleza! Sempre beleza!
Alegria! Sempre alegria!
Não julgamento! Sempre não julgamento!
Não crítica! Sempre não crítica!
Não acusação! Sempre não acusação!
Não punição! Sempre não punição!
Liberdade! Sempre Liberdade!
Independência! Sempre independência!
Autonomia! Sempre autonomia!
Verdade! Sempre Verdade!
Dignidade! Sempre Dignidade!
Auxílio! Sempre auxílio!
Amparo! Sempre amparo!
Serviço! Sempre serviço!
Desapego! Sempre desapego!
Summum Bonum! Sempre Summum Bonum!
Fiat Voluntas Tua! Sempre Fiat Voluntas Tua!
Pax Profundis!
Sempre Pax Profundis!
1 + 1 = 1! Sempre 1 + 1 = 1!
1 – 1 = 1! Sempre 1 – 1 = 1!
Imperativo Categórico! Sempre Imperativo Categórico!
Cientificismo ambiental! Sempre cientificismo ambiental!
Desenvolvimento sustentável! Sempre desenvolvimento sustentável!
Respeito às Hierarquias Terrestres! Sempre Respeito às Hierarquias Terrestres!
Res Cogitans! Sempre Res Cogitans!
Magia Branca! Sempre Magia Branca!
O-QUE-É! Sempre O-QUE-É!
Transmutação! Sempre Transmutação!
Alquimia Espiritual Interior! Sempre Alquimia Espiritual Interior!
Scientìa! Sempre Scientìa!
! Sempre !
ShOPhIa! Sempre ShOPhIa!
Bom Combate! Sempre Bom Combate!
Silêncio Interior! Sempre Silêncio Interior!
Iniciação! Sempre Iniciação!
! Sempre !
111 Hz! Sempre 111 Hz!
Illuminação! Sempre Illuminação!
Lótus das Mil Pétalas! Sempre Lótus das Mil Pétalas!
! Sempre !
Compreensão! Sempre Compreensão!
Libertação! Sempre Libertação!
Ascensão! Sempre Ascensão!
Divinização Consciente! Sempre Divinização Consciente!
Unimultifraternidade! Sempre unimultifraternidade!
Fratelli Tutti! Sempre Fratelli Tutti!
Paz e Bem! Sempre Paz e Bem!
Conciliação! Sempre conciliação!
Harmonia! Sempre harmonia!
Amor! Sempre Amor!
Magnanimidade! Sempre magnanimidade!
Mérito! Sempre mérito!
Misericórdia! Sempre misericórdia!

 

Quem ama a Verdade não deve se deixar enganar pela diferença e pela multiplicidade e variedade de sons.

Não faças aos outros o que não queres que te façam. (Tob. IV, 15). E, a propósito, dizia, no século I (a.C.), o sábio e líder proto-rabínico Hilel, o Ancião ou o Babilônico (cerca de 60 a.C. cerca de 9): Isto é a Lei e os Profetas. Todo o resto é comentário.

 

Quem sou eu
para julgar alguém?
Quem sou eu
para condenar alguém?
Quem sou eu
para punir alguém?
— Quem és tu
para julgares alguém?
Quem és tu
para condenares alguém?
Quem és tu
para punires alguém?

 

Quem não ama permanece morto.

Neste mundo apressado, que regateamos e pechinchamos tanto, tanto, nos habituamos a olhar para o outro lado, passar à margem, ignorar as situações, [deixar-pra-lá]. Estamos todos muito concentrados nas nossas necessidades pessoais, e ver alguém que está mal nos incomoda, nos perturba, [nos desestabiliza], porque não queremos perder tempo, por culpa dos problemas alheios. Isto é um sintoma patente e flagrante de uma sociedade enferma, egoísta, egocêntrica, que só olha para si mesma, [para o seu próprio umbigo], pois, procura se construir de costas para os sofrimentos e para as carências dos outros. Mas, precisamos aprender a oferecer ao outro um pouco do nosso tempo. Precisamos reconhecer a tentação que nos cerca de nos desinteressarmos pelos outros, especialmente pelos mais frágeis. Sim, precisamos aprender a oferecer ao outro um pouco do nosso tempo, [porque cada um de nós + cada outro + todos = ]. A existência de cada um de nós está ligada à existência de todos os outros [e de tudo, sem exceção —› entrelaçamento quântico]; a vida não é um tempo que passa, mas, é um tempo de encontro. Precisamos aprender a assumir como nossa a fragilidade dos outros, estar próximo de todos, levantar e reabilitar os caídos e não constituir uma sociedade de exclusão, para que o bem seja comum. A plenitude – [ainda que sempre seja relativa] – só poderá ser alcançada com amor, pelo amor e no amor. Não devemos deixar ninguém caído «nas margens da vida». Isto deve nos indignar de tal maneira que nos faça descer da nossa serenidade, nos alterando com o sofrimento humano. Isto, sim, é dignidade.

Se estendermos o olhar à totalidade da nossa história e ao mundo no seu conjunto, reconheceremos que todos somos, fomos ou temos algo do ferido, do salteador, daqueles que passam ao largo e do bom samaritano.

A hora da verdade chegará para todos nós, quando cairão as nossas múltiplas máscaras, os nossos rótulos e os nossos disfarces. [Eu arrisco acrescentar que, talvez, as 72 horas que precederão e farão cantar o cuco do relógio da hora da verdade serão as mais pungentes, cáusticas e lancinantes, quando, de fato, terá início a nossa Grande Aventura e, imediatamente, será efetivada uma revisitação retrospectiva inversa da nossa encarnação que acabou de encerrar.]

 

A Hora da Verdade
(Animação Simbólica)

 

Torna-se cada vez mais evidente e flagrante que a incúria social e política faz de muitos lugares do mundo estradas desérticas e desoladas, nas quais as crueldades, as disputas internas e internacionais e o saque de oportunidades deixam tantos seres-humanos-aí-no-mundo marginalizados e atirados para a margem da estrada. Precisamos aderir ao amor, precisamos reintegrar os feridos e precisamos construir uma sociedade livre, honrada e digna de tal nome [ou, fatalmente, teremos jogado a nossa encarnação educativa no lixo, coisa que, por ignorância, todos nós já fizemos sei lá quantas vezes].

 

 

Gráfico Animado Simbólico

 

 

 

 

Pari a 1ª Guerra Mundial,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Pari a 2ª Guerra Mundial,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Pari uma ideologia racista,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Pari sociedades monstruosas de magia negra,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Fui o maior e o mais cruel mago negro visível da História da Humanidade,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

 

 

Fui discípulo do Homem das Luvas Verdes,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Pari o Sl Negro,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Pari o holocausto,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Assassinei milhões de
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Invadi e anexei o Tibete,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Invadi e destruí a Ucrânia,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Assassinei milhares de ucranianos,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Invadi e destruí a Faixa de Gaza,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Assassinei milhares de gazenses,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Fraudei as eleições democráticas do meu país,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Deportei milhares de imigrantes,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Desorganizei a Economia mundial,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Menti, menti, menti, até o meu cu fazer bico,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

 

 

Conspirei contra o Estado Democrático de Direito do meu país,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Tentei dar um golpe de Estado no meu país,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

 

O povo brasileiro tem uma dívida de gratidão com o STF.

 

Conspirei contra o sistema eleitoral do meu país,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

 

 

Aviltei a Constituição do meu país,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Tentei impedir a posse do presidente eleito do meu país,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Orquestrei a Operação Punhal Verde-amarelo,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Fui um criminoso negacionista climático,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Fui um criminoso antivacinista,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Inventei um um protocolo de medicamentos (Kit COVID-19)
para o tratamento precoce da COVID-19,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

 

 

Milhares de pessoas morreram por seguirem minhas idéias antivacinistas,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Divulguei o falso conceito de que quem pegar a COVID-19 uma vez
desenvolverá uma resposta imune definitiva contra o Coronavírus,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.
É importantíssimo que você leia o artigo Imunidade Contra Covid-19:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-com-ciencia/

 

 

Apoiei o apartheid de vacinas,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Fui um baita preconceituoso contra
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

Fui a maior besta quadrada que já pintou aqui na Terra,
e joguei a minha encarnação educativa no lixo.

 

 

A Besta Quadrada

 

Há muitas maneiras de passar ao largo, que são complementares: uma, é se ensimesmar, se desinteressar dos outros, ficar indiferente, passar pelo caminho olhando para o outro lado, [cagar e andar]; outra, é olhar só para fora, [ou seja, não olhar para dentro, não ouvir a Voz do nosso Deus Interior, que sempre nos adverte: somos todos irmãos, Fratelli Tutti, somos todos .]

A ditadura invisível dos interesses ocultos [e hipotéticos] se apodera dos recursos e da capacidade de termos uma opinião e um pensamento próprios. Na nossa sociedade globalizada, existe um estilo elegante, [porém, desfraterno,] de olhar para o outro lado, que é praticado de maneira recorrente: sob as aparências do politicamente correto ou das modas ideológicas, olhamos para aquele que sofre, mas, não o tocamos, transmitimo-lo ao vivo e até proferimos um discurso aparentemente tolerante e cheio de eufemismos, [mas, no fundo, muitas vezes, estamos mesmo cagando e andando]. [Aqui, considero o mais cruel dos dogmas católicos, talvez, o que afirma que o homem caído não pode se redimir a si próprio, isto é: segundo o Catolicismo, absurdamente, somente um ato livre por parte do amor divino poderá restaurar a ordem sobrenatural destruída pelo pecado. Ora, tenha a santa paciência! Acrescento este pensamento para reflexão: o perdão é impossível, pois, não ensina lhufas a ninguém nem muda bulhufas em ninguém. Para corrigirmos um defeito, um imperfeito ou um malfeito (a separatividade de passar ao largo, por exemplo) precisaremos, primeiro compreendê-los, depois, educativamente, compensá-los, ou, quem sabe, o contrário disto (em ordem inversa, compensar para compreender). Portanto, confessar-se para, supostamente, ser perdoado é (tentar) transferir a responsabilidade dos equívocos pensados e praticados para alguém que não tem nada com isso. No Unimultiverso, isto não existe. Qualquer mudança depende apenas de nós.]

O Todo é mais do que a parte, sendo também mais do que a simples soma das partes.

Devemos nos fazer presentes de quem precisar de ajuda, independentemente de fazermos parte ou não do próprio círculo de pertença. Devemos deixar de lado todas as diferenças, dissensões e desavenças e, em presença do sofrimento e da necessidade, nos fazer solidários e vizinhos de quem quer que seja. Sem exceção. Devemos ampliar o nosso círculo, e dar à nossa capacidade de Amar e Servir uma dimensão uni[multi]versal, capaz de ultrapassar todos os preconceitos, todas as barreiras históricas ou culturais e todos os nossos interesses [hipotéticos-miraginais-ilusórios] mesquinhos. Devemos nos identificar com o outro sem nos importar com o lugar onde nasceu nem de onde vem. Devemos, enfim, reconhecer o próprio Cristo em cada irmão abandonado, excluído ou injustiçado.

Quem somos nós para acusar?
Quem somos nós para incriminar?
Quem somos nós para culpar?
Quem somos nós para censurar?
Quem somos nós para criticar?
Quem somos nós para estigmatizar?
Quem somos nós para imputar?
Quem somos nós para qualificar?
Quem somos nós para julgar?
Quem somos nós para separar?
Quem somos nós para condenar?
Quem somos nós para justiçar?
Quem somos nós para amputar?
Quem somos nós para crucificar?

Acusar o outro é acusar a si mesmo!
Incriminar o outro é incriminar a si mesmo!
Culpar o outro é culpar a si mesmo!
Censurar o outro é censurar a si mesmo!
Criticar o outro é criticar a si mesmo!
Estigmatizar o outro é estigmatizar a si mesmo!
Imputar ao outro é imputar a si mesmo!
Qualificar o outro é qualificar a si mesmo!
Julgar o outro é julgar a si mesmo!
Separar o outro é separar a si mesmo!
Condenar o outro é condenar a si mesmo!
Justiçar o outro é justiçar a si mesmo!
Amputar o outro é amputar a si mesmo!
Crucificar o outro é crucificar a si mesmo!

Tudo + Todos = 1.
1 + 1 = 1.
1 – 1 = 1.
+ = 1.
+ = .
= .

Só me comunico realmente comigo mesmo, na medida em que me comunico com o outro.

A vida subsiste onde há vínculo, comunhão, fraternidade, e é uma vida mais forte do que a morte, quando é construída sobre verdadeiras relações e vínculos de fidelidade. Pelo contrário, não há vida quando se tem a pretensão de pertencer apenas a si mesmo e de viver como ilhas: nestas atitudes, prevalece a morte.

Sem caridade [e misericórdia], talvez, tenhamos só uma aparência de virtude, que será incapaz de construir uma vida em comum. Por isso, disse São Tomás de Aquino citando Santo Agostinho que a temperança de uma pessoa avarenta nem sequer é virtuosa. Com outras palavras, explicou São Boaventura que as restantes virtudes, sem a caridade, não cumprem estritamente os Mandamentos como Deus os compreende. [Sem Liberdade, nada é possível. Mas, Liberdade sem Caridade e Misericórdia é inócua, inútil e fútil.]

O Amor constitui o critério para a decisão definitiva sobre o valor ou a inutilidade de uma vida humana. Em primeiro lugar está o Amor.

Procurando especificar em que consiste a experiência de amar, São Tomás de Aquino a explicava como um movimento que centra a atenção no outro, considerando-o como um só comigo mesmo. [Mesmo + Outro = 1.]

Ninguém amadurece nem alcança a sua plenitude se isolando. [É por isto que, tantas vezes, já afirmei que o eremitismo e o celibato (separatividades doentias) acabam desaguando na mais terrível magia negra.]

O Amor que não é geográfico, mas, existencial.

O racismo é um vírus que muda facilmente, e que, em vez de desaparecer, se dissimula, mas, está sempre à espreita.

 

 

Há um modelo de globalização que, conscientemente, visa estabelecer uma uniformidade unidimensional e procura eliminar todas as diferenças e todas as tradições, em uma busca superficial de unidade. Esta globalização, que pretender fazer todos iguais, como se fosse uma esfera, destruirá a riqueza e a singularidade de cada pessoa e de cada povo. Este falso sonho universalista acabará por privar o mundo da variedade das suas cores, da sua beleza e, em última análise, da sua humanidade. [Ainda que, normalmente, o Unimultiverso vibre em 111 Hz, Ele não é monocromático. Somos todos , sim, mas, não somos todos iguais; cada um de nós é cada um. Todos nós temos um DNA Cósmico e uma Impressão Digital Cósmica.]

 

Disco de Newton
(A luz branca do Sol é composta pelas cores do arco-íris.)

 

Infelizmente, de maneira geral, na atualidade, o termo «próximo» perdeu todo o significado, fazendo sentido apenas a palavra «sócio» [ou membro] – isto é, aquele que é associado para determinados interesses [hipotéticos e egoístas].

 

Russo é russo,
mas, não é ucraniano.
Ucraniano é ucraniano,
mas, não é russo.
Judeu é judeu,
mas, não é palestino.
Palestino é palestino,
mas, não é judeu.
Ameicano é americano,
mas, não é mexicano.
Mexicano é mexicano,
mas, não é americano.
Eu sou eu,
mas, não sou você.
Você é você,
mas, não sou eu.
O mesmo é o mesmo,
mas, não é o outro.
O outro é o outro,
mas, não é o mesmo.
E assim, estes pensamentos
são os parentes maledicti
da Grande Heresia da Separatividade.

 

Fraternidade ‹—› Liberdade ‹—› Eqüidade.

Aqueles que são capazes apenas de ser sócios [hipotéticos] criam mundos fechados [e separacionistas].

O individualismo [conceito político, moral e social que exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou ao Estado] não nos torna mais livres, mais iguais, mais irmãos. A mera soma dos interesses individuais não é capaz de gerar um mundo melhor para toda a Humanidade. Nem pode sequer nos preservar de tantos males, que se tornam cada vez mais globais. E o individualismo radical é o vírus mais difícil de vencer. Ilude [e cria miragens fantasmais]. Faz-nos crer que tudo se reduz a deixar à rédea solta as próprias ambições, como se, acumulando ambições e seguranças individuais, pudéssemos construir o bem comum.

O simples fato de algumas pessoas terem nascido em um lugar com menos recursos ou com menor desenvolvimento [sociocultural] não justifica que tenham que viver menos dignamente, [desrespeitadas, amesquinhadas, avassaladas, exploradas, manipuladas ou coisa pior, se houver alguma coisa que possa ser pior do que essas].

 

Nada justifica o cabo-de-guerra.
Nada justifica a indignidade.
Nada justifica a manipulação.
Nada justifica a mentira.
Nada justifica o perjúrio.
Nada justifica a falsa acusação.
Nada justifica a (instigação à) traição.
Nada justifica a perfídia.
Nada justifica o preconceito.
Nada justifica a intolerância.
Nada justifica a intransigência.
Nada justifica a inimizade.
Nada justifica a malquerença.
Nada justifica a desfraternidade.
Nada justifica a covardia.
Nada justifica o desinteresse.
Nada justifica o deixa-pra-lá.
Nada justifica o insolidariedade.
Nada justifica a antipatia.
Nada justifica a indiferença.
Nada justifica a repulsão.
Nada justifica a conspirata.
Nada justifica a igrejinha.
Nada justifica a impiedade.
Nada justifica a perversidade.
Nada justifica o (discurso de) ódio.
Nada justifica a violência.
Nada justifica a discriminação.
Nada justifica a agressividade.
Nada justifica a hostilidade.
Nada justifica o degredo.
Nada justifica o banimento.
Nada justifica o exílio.
Nada justifica o massacre.
Nada justifica o genocídio.
Nada justifica a limpeza étnica.
Nada justifica a razão de Estado.
Nada justifica o golpe de Estado.
Nada justifica o regime de força.
Nada justifica o regime de exceção.
Nada justifica a restrição ou a suspensão das garantias constitucionais.
Nada justifica a abolição do Estado Democrático de Direito.
Nada justifica a derrubada das instituições.
Nada justifica o enfraquecimento dos direitos fundamentais.
Nada justifica a criação de um gabinete de ódio.
Nada justifica a cooptação de idiotas úteis.
Nada justifica a imisericórdia.
Nada justifica a desumanidade.
Nada justifica a inclemência.
Nada justifica a insensibilidade.
Nada justifica a apócope.
Nada justifica a escravidão.
Nada justifica a mais-valia.
Nada justifica o mais-trabalho.
Nada justifica a acumulação.
Nada justifica o conto-do-vigário.
Nada justifica o egoísmo.
Nada justifica o personalismo.
Nada justifica o autoritarismo.
Nada justifica o totalitarismo.
Nada justifica o individualismo.
Nada justifica o isolacionismo.
Nada justifica o unilateralismo.
Nada justifica a destruição do multilateralismo.
Nada justifica o desrespeito ao meio ambiente.
Nada justifica o desrespeito ao Direito Internacional.
Nada justifica si vis pacem, para bellvm.
Nada justifica a separatividade.

 

A dignidade de uma pessoa não se baseia nas circunstâncias, mas, sim, no valor do seu ser. [No Unimultiverso, nada, absolutamente nada, é mais importante do que nada. As ilimitadas existências reveladas pela Consciência Cósmica, sem exceção, se manifestam em todas as oitavas da Spira Legis, porém, isto não as torna mais ou menos importantes ou mais ou menos dignas, umas em relação às outras. Logo, por exemplo, um Elephas maximus ou uma Loxodonta africana não são mais importantes ou mais dignos do que uma Pulex irritans ou uma Iridomyrmex humilis, assim como um americano ou um judeu não são mais importantes ou mais dignos do que um mexicano ou um palestino. Pensar ou agir contrariando este Principium Unimultiversale é viver como e ser um instrumento da Grande Heresia da Separatividade.]

Bene-volentia, em latim, é a atitude de querer o bem do outro, ou seja, de ter sempre boa vontade. Bene-volentia é um ilimitado desejo do Bem, uma inclinação para tudo o que seja Bom, Superior e Excelente, que impila a encher a vida dos outros com coisas Belas, Sublimes e Edificantes. [Unimultifraternidade Cósmica = Entrelaçamento Quântico Unimultiversal.] Cada sociedade precisa garantir a transmissão de Valores Espirituais Superiores, caso contrário, serão transmitidos apenas o egoísmo, a violência, a corrupção e a indiferença, nas suas diversas formas, e que, em última análise, são desvalores que produzem uma vida fechada a toda Transcendência e entrincheirada em interesses individuais egocêntricos.

Muito mais do que uma simples questão de fraternidade, é necessário que os Estados invistam para que os lentos, os fracos e os menos dotados possam também singrar na vida. [Por que isto é muito mais do que uma simples questão de fraternidade? Porque é um Reconhecimento Transnoético (ou Transracional) e uma Compreensão Espiritual da Unimultiunicidade Cósmica.] Se a sociedade se reger primária e somente pelos critérios da liberdade de mercado e da eficiência lucrativa, não haverá lugar para os lentos, para os fracos e para os menos dotados, e a idéia de fraternidade não passará de uma quimera romântica irrealizável. Em outras palavras: a simples proclamação de uma liberdade econômica, enquanto as condições reais impedem que muitos possam efetivamente ter acesso à ela, é um discurso contraditório e incoerente. Enquanto o nosso sistema econômico-social ainda produzir uma só vítima que seja e enquanto houver uma pessoa descartada, não poderá haver a festa da Fraternidade Universal. Se o direito de cada um não estiver harmoniosamente ordenado para o Bem Maior, acabará por se conceber sem limitações e, por conseguinte, se tornará egoísta e uma fonte de conflito e de violência.

Os educadores e formadores, que têm a difícil tarefa de educar as crianças e os jovens, na escola ou nos vários centros de agregação infantil e juvenil, devem estar cientes de que a sua responsabilidade envolve as dimensões moral, espiritual e social da pessoa. Os valores da liberdade, respeito mútuo e solidariedade devem ser transmitidos desde a mais tenra idade.

Solidariedade é lutar contra as causas estruturais da pobreza, da desigualdade, da falta de trabalho, da terra, da casa, da negação dos direitos sociais e laborais. É fazer face aos efeitos destrutivos do egoístico império do dinheiro. A solidariedade, entendida no seu sentido mais profundo, é uma forma de fazer História. Precisamos aprender a nos saber responsáveis [e atuar responsavelmente] pela fragilidade dos outros, na procura de um destino comum [e unificado].

O serviço que nunca deverá ser ideológico, pois, não servimos idéias, mas, sim, pessoas deverá ser, em grande parte, cuidar da fragilidade [necessidade] dos outros. Servir significa cuidar dos frágeis, das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo, [da Primeira Hierarquia, da Segunda Hierarquia e da Terceira Hierarquia, da mesma forma que, em um sentido oculto ainda não compreendido, porém, não interferente nem impediente, os Mestres Ascensionados e os Adeptos Grande Loja Branca, em Silêncio, cuidam de nós].

Aquele que atingiu um nível moral que lhe permite se transcender a si mesmo e ao seu grupo de pertença é capaz de reconhecer os direitos de todos os seres humanos, incluindo os nascidos fora das suas próprias fronteiras.

O mundo existe para todos, porque todos nós, seres humanos, nascemos nesta Terra com a mesma dignidade, [ainda que tenhamos origens cósmicas distintas e que sejamos diferentes]. Por outro lado, as diferenças de cor, religião, capacidade, local de nascimento, lugar de residência e muitas outras não podem se antepor nem ser usadas para justificar privilégios de alguns em detrimento dos direitos de todos. Por conseguinte, como comunidade, temos o dever de garantir que cada pessoa viva com dignidade e disponha de adequadas oportunidades para o seu desenvolvimento integral.

O princípio do uso comum dos bens criados para todos é o primeiro princípio de toda a ordem ético-social. É, portanto, um direito natural, primordial e prioritário. Todos os outros direitos sobre os bens necessários para a realização integral das pessoas, quaisquer que sejam eles, incluindo o da propriedade privada, não devem como afirmou São Paulo VI impedir, mas, pelo contrário, facilitar a sua realização. O direito à propriedade privada só pode ser considerado como um direito natural secundário e derivado do princípio do destino universal dos bens criados, e isto tem conseqüências muito concretas que se devem refletir no funcionamento da sociedade. Mas acontece muitas vezes que os direitos secundários se sobrepõem aos prioritários e primordiais, deixando-os sem relevância prática.

Ninguém pode enfrentar a vida isoladamente; precisamos de uma comunidade que nos apoie, que nos auxilie e dentro da qual nos ajudemos mutuamente a olhar e seguir em frente. Como é importante sonharmos juntos! [Como é importante caminharmos juntos!] Sozinhos, corremos o risco de ter miragens [e ilusões], vendo aquilo que não existe [o-que-não-é]; juntos construiremos nossos sonhos. Então, sonhemos como uma única Humanidade, como caminhantes da mesma carne humana, como filhos desta mesma Terra que nos alberga a todos, cada qual com a riqueza da sua fé ou das suas convicções, cada qual com a própria voz, porém, todos irmãos. [Fratelli tutti. Omnes fratres et sorores sumus. Omnes unum sumus.]

 

 

 

 

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Nota:

1. A tripla crise planetária se refere aos três principais problemas inter-relacionados que a Humanidade enfrenta atualmente: mudança climática (alterações de longo prazo nas temperaturas e nos padrões climáticos que impactam os ecossistemas), poluição (particularmente, a emissão de gases de Efeito Estufa) e perda de biodiversidade (declínio da diversidade biológica, incluindo animais, plantas e ecossistemas, cujas principais causas são: a exploração excessiva de recursos naturais e a perda de habitat devido ao desmatamento e às mudanças climáticas).
Para ler mais sobre este tema, consulte:

https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2024/07/o-que-
e-a-tripla-crise-planetaria-e-como-ela-se-relaciona-com-o-meio-ambiente

 

Música de fundo:

Brother Sun, Sister Moon
Compositores: Donovan & Riz Ortolani
Interpretação: Bruno César de Nazareth Ciribelli

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=62g99iyco6Y

 

Páginas da Internet consultadas:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/

https://campbellms.typepad.com/candace_ellis/2014/11/tug-of-war.html

https://gifer.com/en/gifs/ego

https://tenor.com/pt-BR/search/virus-gifs

https://www.economist.com/graphic-detail/20
24/10/09/the-israel-iran-standoff-in-maps

https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/164
81889-icone-de-vetor-de-democracia

https://www.bbc.com/portuguese/geral-59214427

https://kr.pinterest.com/pin/449374869088187522/

https://gifer.com/pt/7kxQ

https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/a
rticle/victims-of-the-nazi-era-nazi-racial-ideology

https://tenor.com/pt-BR/search/animated-cuckoo-clock-gifs

https://br.pinterest.com/ideas/turtle-gif/905381685140/

https://dribbble.com/shots/5724233-Understanding-Your-Audience

https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/docume
nts/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html#_ftn2

https://pngtree.com/freepng/people-stand-in-a-circle_20366073.html

 

Direitos autorais:

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