NUNCA MAIS

 

 

 

 

Rodolfo Domenico Pizzinga

 

 

A Ingloriosa Revolução de 1964 – Ditadura Civil-militar Brasileira
(1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985)

 

 

Conspiratas golpistas e conciliábulos antidemocráticos nunca mais.
Golpe de Estado nunca mais.
Minuta golpista nunca mais.
Deposição de Governo eleito democraticamente nunca mais.
Punhal Verde-amarelo nunca mais.
Olavices, bolsonarices e braganettices nunca mais.

nunca mais.

Antivacinismo criminoso nunca mais.
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito nunca mais.

nunca mais.

Assessoramento da nunca mais.

Assessoramento do nunca mais.

nunca mais.

Ditadura civil-militar nunca mais.

nunca mais.

nunca mais.

nunca mais.

nunca mais.

Marcha da Família com Deus pela Liberdade1 nunca mais.
Apoio clerical a qualquer ditadura nunca mais.
Promulgação de Atos Institucionais nunca mais.

nunca mais.

Humberto de Alencar Castelo Branco nunca mais.
Artur da Costa e Silva nunca mais.
Augusto Hamann Rademaker Grünewald nunca mais.
Aurélio de Lira Tavares nunca mais.
Márcio de Sousa Melo nunca mais.
Emílio Garrastazu Médici (e seu rádio de pilha) nunca mais.
Ernesto Geisel nunca mais.
João Baptista de Oliveira Figueiredo nunca mais.
Atentado do Riocentro nunca mais.
Atentado ao Gasômetro nunca mais.
Tortura nunca mais.
dr. Tibiriçá nunca mais.
dr. Pablo nunca mais.
dr. Carneiro nunca mais.
dr. Ubirajara nunca mais.
dr. Jorge nunca mais.
dr. José nunca mais.
dr. Magro nunca mais.
dr. Roberto nunca mais.
dr. Asdrúbal nunca mais.
dr. Teixeira nunca mais.
dr. Luchinni nunca mais.
Jibóia Míriam nunca mais.
João Paulo Moreira Burnier nunca mais.
Golbery do Couto e Silva nunca mais.
Desaparecimento de pessoas nunca mais.
Ocultação de cadáveres nunca mais.
Suicídios fabricados nunca mais.
Vladimir Herzog nunca mais.
Perseguição ideológica nunca mais.
Rubens Beyrodt Paiva nunca mais.
Departamento Estadual de Ordem Política e Social nunca mais.
Casa da Morte nunca mais.
Pelotão de Investigações Criminais nunca mais.
Hospital Colônia Adauto Botelho nunca mais.
Casa Azul nunca mais.
Centro de Preparação de Oficiais da Reserva nunca mais.
Quartel do 15º Batalhão do Exército nunca mais.
Clínica Marumbi nunca mais.
Quartel do Boqueirão nunca mais.
Fazenda 31 de Março nunca mais.
Forte do Barbalho nunca mais.
DOI-CODI nunca mais.
Batalhão de Guarda Presidencial nunca mais.
Comando Militar do 8ª Grupo de Artilharia Antiaérea nunca mais.
Operação Bandeirante nunca mais.
Centros Clandestinos de Detenção nunca mais.
Fazenda da Rodovia Castello Branco nunca mais.
Casa de Itapevi nunca mais.
Suspensão das garantias constitucionais nunca mais.
Proibição de atividade ou manifestação sobre assunto de natureza política nunca mais.
Suspensão do direito de votar e de ser votado nunca mais.
Liberdade vigiada nunca mais.
Proibição de freqüentar determinados lugares nunca mais.
Extinção de Partidos Políticos nunca mais.
Intervenção nos Estados e nos Municípios nunca mais.
Decretação de recesso parlamentar nunca mais.
Suspensão dos direitos políticos nunca mais.
Supressão de direitos civis nunca mais.
Repressão política nunca mais.
Dissolução do Congresso Nacional nunca mais.
Encarceramento de suspeitos sem possibilidade de revisão judicial nunca mais.
Censura da imprensa nunca mais.
Exílios forçados nunca mais.
Doutrina de segurança nacional nunca mais.

 


Cagaço de iminência de ameaça comunista nunca mais.
Legitimidade de um governo comandado por militares nunca mais.
Genocídio indígena nunca mais.
Domicílio determinado nunca mais.
Decretação de estado de sítio nunca mais.
Confisco de bens nunca mais.
Suspensão da garantia de habeas corpus nunca mais.
Suspensão das eleições nunca mais.
Fim da Liberdade nunca mais.
Aflição e desespero espirituais nunca mais.
Tempestade política nunca mais.
Instabilidade e conflito no cenário político nunca mais.
Medo do escuro, dos canhões, das botinas e das baionetas nunca mais.
Caça às bruxas nunca mais.
Vergonhas nacional e internacional nunca mais.

 


Falando de lado e olhando pro chão nunca mais.
Apesar de você  –   –  amanhã haverá de ser outro Dia.
Et cetera e tal!
A soberania e a independência do Brasil são inegociáveis!

 

 

 

 

 

 

 

_____

Nota:

1. Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi o nome comum de uma série de manifestações públicas ocorridas entre 19 de março e 8 de junho de 1964, no Brasil, em resposta ao que foi considerado, por militares e setores conservadores da sociedade, uma ameaça comunista representada pelas ações dos grupos radicais e pelo discurso em comício realizado pelo então Presidente João Goulart, em 13 de março daquele mesmo ano. Nos dias anteriores, Goulart assinou dois decretos permitindo a desapropriação de terras numa faixa de dez quilômetros às margens de rodovias, de ferrovias e de barragens e transferindo para a União o controle de cinco refinarias de petróleo, que operavam no País. Além disso, prometeu realizar as chamadas reformas de base, uma série de reformas administrativas, agrárias, financeiras e tributárias, para garantir o que Goulart chamava de justiça social, fundamentado na função social da terra e de empreendimentos urbanos, demandas antigas e de ampla penetração na sociedade da época. Com discurso insuflado, promoveu a insubordinação, incitando os sargentos da marinha a se amotinar nos quartéis, Goulart antecipou uma pretensa reforma urbana e a implementação de um imposto sobre grandes fortunas. No contexto da Guerra Fria (12 de março de 1947 a 26 de dezembro de 1991) e da polarização entre os Estados Unidos e a União Soviética, estas idéias foram vistas como um passo em direção à implementação de uma ditadura socialista. Vários grupos sociais, incluindo o clero, o empresariado e setores políticos diversos se organizaram em marchas, levando às ruas uma considerável quantidade de pessoas com o intuito de derrubar o Governo Goulart. A primeira das marchas aconteceu no dia 19 de março – dia de São José, padroeiro das famílias – em São Paulo e congregou entre 300 e 500 mil pessoas. Ela foi organizada por grupos como Campanha da Mulher pela Democracia (CAMDE), União Cívica Feminina (UCF), Fraterna Amizade Urbana e Rural, Sociedade Rural Brasileira, dentre outros grupos, recebendo também o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do controverso Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES). Na ocasião, foi distribuído o Manifesto ao Povo do Brasil, pedindo o afastamento de Goulart da presidência. Após o golpe militar, que depôs o Presidente em 1º de abril, as marchas passaram a se chamar Marchas da Vitória. A maior delas, articulada pelo CAMDE, no Rio de Janeiro, levou cerca de um milhão de pessoas às ruas, em 2 de abril de 1964.

 

 

 

Manifestantes na Marcha da Família com Deus pela Liberdade,
em 19 de março de 1964, na Praça da Sé, em São Paulo.
Fonte: Arquivo Nacional/Correio da Manhã.

 

Música de fundo:

Apesar de Você
Composição: Chico Buarque
Interpretação: Chico Buarque & Quarteto Em Cy

Fonte:

https://www.youtube.com/watch?v=LZJ6QGSpVSk

 

Páginas da Internet consultadas:

https://pixabay.com/

https://www.gamalivre.com.br/2019/04/d
outrina-de-seguranca-nacional-como.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_da_Fa
m%C3%ADlia_com_Deus_pela_Liberdade

https://memorialdademocracia.com.br/

https://zonacurva.com.br/dan-mitrione-mestre-da-tortura/

https://diplomatique.org.br/operacao-condor-montando-quebra-cabecas/

https://www.amazon.com/Voc%C3%AA-Vai-Se-Fuder-Explicit/dp/B08D8HMMMJ

https://www.martinsfontespaulista.com.br/anos-de-chumbo-855567/p

https://br.pinterest.com/pin/popular-gif--134404370118453795/

https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/47589431-pinoquio-logotipo-placa-esboco

https://g1.globo.com/politica/noticia/2014/12/veja-lista-dos-377
-apontados-como-responsaveis-por-crimes-na-ditadura.html

https://es.pinterest.com/pin/658229301776371858/

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/21/politica/1526935775_966311.html

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/03/31/vladim
ir-herzog-ditadura-regime-militar-escola-civio-governo-sp-tarcisio.htm

 

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